Análise: Dishonored

Dishonored conseguiu angariar um forte hype desde que foi anunciado que foi aumentando com cada nova informação e trailer que foi sido lançado. Encarnando Corvo, um segurança da imperatriz que é incriminado do seu assassinato logo no inicio do jogo. Apesar ter sido logo preso Corvo consegue escapar logo de seguida graças à ajuda de um grupo de rebeldes que pretende eliminar os verdadeiros assassinos e devolver o poder a quem de direito, a filha da imperatriz.

Num mundo que encontra inspirações muito variadas, desde a Londres antiga até a elementos mais atuais ou futuristas que dão um toque steampunk a Dishonored, a busca da filha da imperatriz é o objectivo principal, no entanto à bastante mais a acontecer e a rodear a narrativa principal.

O tópico principal é a praga de ratos e peste, baseado nos acontecimentos reais que desolaram Londres e culminaram com o incêndio de 1666 que deixou a cidade praticamente destruída apesar de ter feito poucos mortos. Apesar deste tema o resto do jogo tem mais semelhanças com tempos mais modernos, perto do século XX. Estas diferenças temporais são ainda notórias noutros aspectos. A tecnologia utilizada varia também, com o nosso armamento a ser relativamente antiquado, enquanto que a tecnologia mistura ficção com fantasia. Há veículos peculiares e seres robóticos que fazem lembrar Half Life 2, tudo isto graças a uma estranha forma de energia baseada no óleo de baleia.

Além do equipamento, podem contar ainda com uma série de habilidades especiais que tornam Corvo um assassino praticamente perfeito. Estas habilidades são dadas por um ser sobrenatural conhecido por Outsider, que apesar de sobrenatural parece ser conhecido por todos os habitantes. Podem ficar com essa ideia observando as frases espalhadas pela cidade. O proposito do Outsider é desconhecido mas a sua ajuda é bastante importante para cumprir os nossos objetivos.

Espalhadas pelo mapa estão ainda escondidas runas que podem usar para melhorar as vossas habilidades ou adquirir novas.  O equipamento é super variado e vai desde uma besta e laminas até granadas e as habilidades permitem fazer coisas como possuir animais ou virar inimigos uns contra os outros.Apesar do jogo fornecer tantas formas de eliminar os inimigos tenta também incentivar o jogador para os poupar, havendo recompensas para o fazer. O numero de mortos que fizerem irá também modificar as conversas dos NPCs, aumentar o numero de ratos espalhados pela cidade e até mudar o final que acaba por ficar mais sombrio.

As possibilidades de abordagem aos níveis são ínfimas, tanto de forma mais ofensiva como furtiva, sendo a melhor forma de os abordar furtivamente simplesmente ignorar os inimigos. Podem esconder-se atrás ou por baixo de vários objetos e se  escolherem uma certa habilidade podem ainda ver os inimigos através de paredes, sendo assim mais fácil conhecer o ambiente que vos rodeia e planear os vossos movimentos melhor.

Apesar de uma estrutura linear por toda a estória, uma vez que normalmente serão levados até ao objectivo e de volta para a base dos rebeldes, a verdade é que durante cada objectivo são presenteados com uma série de opções para a resolução do objetivo principal. Logo no inicio por exemplo têm como objectivo eliminar dois alvos, no entanto em vez de o fazerem vocês mesmos podem conseguir um acordo com um chefe criminoso para que seja ele a fazer o trabalho sujo, em troca de uma combinação de um cofre.

Dishonored tem muito para oferecer para aqueles que o jogarem com calma. A jogabilidade furtiva é muito mais gratificante que uma abordagem mais direta e se perderem alguns minutos para ler alguns dos textos presentes em livros espalhados pelo mapa podem ainda encontrar informações sobre tesouros ou sobre outros elementos do mundo de Dishonored, não esperem no entanto que ao ler uma destas localizações desbloqueiem uma seta que vos diga exatamente o sitio.

Tal como o aspecto visual, em termos sonoros Dishonored é também brilhante, com grandes nomes de Hollywood a emprestar a sua voz às personagens, desde Carrie Fisher a Chloe Grace Moretz todos eles fazem um trabalho brilhante. Dishonored é provavelmente o melhor jogos de ação furtiva desde Thief e há ainda bastantes elementos de Half Life 2 e Bioshock que fazem deste um dos melhores jogos deste ano até agora.

Obviamente não é um jogo perfeito, até porque não existem jogos perfeitos mas o seu design e arte, som em geral e trabalho de vozes juntamente com uma jogabilidade de alto nível tornam difícil não ficar agarrado a Dishonored até o completar e mesmo depois há inúmeras razões para não parar e recolher todos os colecionáveis, havendo até uma forma de jogar cada um dos níveis separadamente.

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