Análise: Dream

Dream é o primeiro jogo de HyperSloth e é um jogo de exploração na primeira pessoa atmosférico, indo buscar inspiração a jogos como Gone Home ou Dear Ester e ao mundo dos sonhos.

Aqui jogamos como Howard Phillips, um simples inglês aborrecido que sonha todas as noites, e ao contrário da sua aborrecida vida, os sonhos de Howard são fantásticos. 

Na primeira área Howard põe a cabeça na almofada para descansar e o jogador acorda num sonho onde escolhe qual a área que quer explorar. A primeira área desbloqueada é uma espécie de deserto que eventualmente leva a uma série de catacumbas. Esta é a primeira área do jogo e onde tem o primeiro puzzle, que não deixa boas recordações. 

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São quatro labirintos onde o jogador tem que desligar as luzes antes de poder prosseguir. O labirinto é preenchido por um monstro de fumaça que controla os corredores e se ele nos tocar, somos enviados de volta para o início do labirinto. Com nenhum mapa ou alguma maneira de nos orientar-mos, isto só me fez sentir desorientado e frustrado. 

O tema de enigmas frustrantes e ausência de recompensas continua durante todo o resto do jogo. Não é apenas um jogo maçante, é também bastante obtuso. A única recompensa de resolver um puzzle é outro puzzle. Infelizmente os ambientes também não são interessantes e pecam em interatividade. 

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Pelo lado positivo, ao explorar estas áreas o jogador é presenteado com uma trilha sonora fantástica.  Além disso, o jogo visualmente é melhor do que qualquer aspeto do jogo levaria a acreditar. Infelizmente perde-se na direção artística que não parece ter. Tenta fazer isto e aquilo mas no fundo não tem um propósito claro.

Dream tenta coisas e até consegue fazer algumas, mas perdesse pelo meio e não consegue assumir uma identidade. Obviamente que o tema não ajuda. Os sonhos são algo pessoal que são difíceis de explicar pelos próprios que sonham e raramente são concretos, vivem de improvisos do subconsciente, portanto era difícil de acreditar que um jogo fosse capaz de replicar a sensação de sonhar.

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