Análise: Doutor Estranho

Depois de anos de crescimento, o universo cinematografico da Marvel recebe Doutor Estranho, uma das personagens mais poderosas da Marvel e que traz um novo elemento aos seus filmes, magia. Como a Marvel nos tem habituado, o elenco é de luxo com Benedict Cumberbatch a liderar as tropas com o apoio de Chiwetel Ejiofor,Rachel McAdams,Tilda Swinton entre outros.

Este, tal como todos os filmes do MCU, cumpre exactamente aquilo a que se propôs, entreter. Podem fazer muitas criticas ao universo cinematografico da Marvel, mas em todos eles me senti satisfeito ao sair do cinema. São cheios de acção, recheados de talento individual e sobretudo conseguem manter todos os temas abordados ligeiros e com o humor que seria de esperar de uma adaptação de super heróis.

Stephen Strange é um médico altamente bem sucedido. Com um talento incrível para a medicina em parte graças à capacidade das suas mãos, a fama e o dinheiro tonaram-no arrogante ao longo dos anos. Depois de um grave acidente de carro perde a capacidade que tinha nas mãos. Sem poder voltar a exercer medicina enquanto não recuperar o uso das suas mãos, rapidamente gasta toda a sua fortuna com tratamentos sem sucesso.


Sem nenhum médico a querer sequer arriscar a sua reputação para o ajudar uma promessa milagrosa leva-o a gastar o resto do seu dinheiro para chegar a Kamar Taj, um templo onde Strange esperava receber um tratamento experimental ou pelo menos algo que ele compreendesse mas em vez falam-lhe de energia astral. Esta é a origem do Doutor Estranho, o feiticeiro.

É comum fazer paralelos com Tony Stark e a performance de Robert Dawney Jr. mas há bastantes nuances na personalidade para distinguir os dois. Strange é menos sarcástico por exemplo e os problemas pessoais são bastantes distintos. Tony Stark tinha o legado do pai a condicionar a sua vida apesar do talento que tinha.

Apesar de ambos terem sido alterados por um evento dramático que alterou a sua forma de ser, Stark acaba por mudar o negócio de família por vontade própria, enquanto que Strange não pode voltar a exercer medicina mesmo que quisesse e precisa de algo que dê novamente sentido à sua vida.

Kaecilius é o vilão desta vez, um membro da ordem de feiticeiros que se revoltou e pretende que o nosso universo se funda com a dimensão negra e controlada por Dormammu o verdadeiro vilão do filme. É curioso como ao fim de 14 filmes ainda parece que não vimos nenhum dos grandes vilões da Marvel. Mas os vilões mais conhecidos da Marvel pertencem ao leque de personagens do Homem-Aranha, X-Men e Quarteto Fantástico o que os deixam fora do alcance por agora.

Parte do filme apesar de diferente corresponde ao padrão Marvel. Uma formula que a Marvel mantém. É esta abordagem que segue à risca a formula Marvel  que é o seu maior defeito mas também uma virtude porque a formula simplesmente funciona. Dizem que o terceiro ato dos filmes da Marvel é fraca, mas são filmes como Capitão América Guerra Civil e o primeiro Vingadores que provam o contrário e Doutor Estranho pode não ter o melhor terceiro ato do MCU mas mesmo assim é melhor do que o de muitos filmes de acção.

Os efeitos especiais são sem sombra de dúvida um dos pontos mais fortes de Doutor Estranho. Uma mistura explosiva de Inception com LSD e uma estética oriental fazem deste filme visualmente distinto do resto da série e com isto a Marvel consegue oferecer algo que nos cativa que nos transporta a um mundo para além do nosso. A Marvel faz o que melhor sabe e a cima de tudo faz-nos sonhar.

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