Análise: Anybody Out There: Dead City

Anybody Out There: Dead City é o novo jogo para dispositivos móveis da HeadUp Hames. Disponível para Android e iOS, Anybody Out There: Dead City é um jogo de aventura em texto, onde o jogador tenta ajudar um sobrevivente de um apocalipse zombie através de uma conversa numa aplicação de chat.

Em termos de interactividade apenas podemos interagir com a personagem através de escolhas de diálogo fornecidas pelo jogo e esta é a única jogabilidade presente. No entanto não posso negar a originalidade do jogo. Nunca tinha jogado nada deste gênero ou pelo menos nada deste género apresentado desta forma. Este tipo de jogos normalmente pouco mais são do que história interativas, quase como aqueles livros em que temos duas escolhas e vamos para paginas diferentes dependendo daquilo que queremos, mas Anybody Out There: Dead City mistura algo bastante original à mistura.

Anybody Out There Dead City não apresenta mais nada a não ser um ecrã semelhante ao Messenger do Facebook ou Skype, misturando tempo real com uma narrativa convincente. A personagem com quem interagimos, Sam, encontrou o nosso contacto num telemóvel perdido e parece ser a única pessoa que consegue contactar. Num jogo deste género a escrita é o aspecto mais importante é o diálogo de Anybody Out There Dead City está bem escrito e consegue passar a personalidade da personagem.

Não é muito realista que alguém fosse relatar quase tudo o que faz numa situação semelhante, mas Sam descreve o que vai fazendo e pede a nossa opinião em certos eventos. Depois dos primeiros casos de zombies começarem Sam foi levada para um bunker pelo exercício e é depois de escapar que encontra o telemóvel. O que se segue é a descrição normal que podemos esperar de um sobrevivente de uma crise do género. Procurar abrigo e comida, encontrar sobreviventes e saber se são amigáveis ou não. No final de cada dia temos acesso a um relatório em que nos podemos comparar com os outros jogadores num quadro semelhante ao que encontramos no final de cada capítulo nos jogos da TellTale. No entanto não pude deixar de reparar que alguma da informação presente não corresponde à realidade. Pelo menos numa ocasião o quadro dizia que eu e X% dos jogadores tinham feito algo que eu não me lembro de ter feito ou referido sequer pela Sam.

Mas Anybody Out There: Dead City consegue ser um bom jogo através da ligação que cria com o jogador. A sua mecânica de chat funciona e ao apresentar apenas parte do diálogo mantendo um ritmo lento consegue simular uma verdadeira conversa deixando o jogador na expectativa às vezes horas. Sam diz várias vezes que volta em 5 minutos ou 30 minutos mas o normal é apenas dizer que volta já.

Com os testes que fiz em dois dispositivos a história não muda radicalmente com as escolhas só jogador. O modelo é semelhante ao da TellTale. O jogador pode escolher entre A e B para chegar a C. Inevitavelmente chega a C, mas por B encontrou uma arma bastante útil. Está abordagem é mais compreensível na TellTale porque estamos a falar de vozes e todo o trabalho de realmente criar o cenário com modelos 3D e texturas. Aqui falamos apenas de texto portanto podia ter ido mais além neste aspecto.

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