Análise: Razer Wolverine Tournament Edition

O novo Razer Wolverine é uma versão melhorada de um comando que por si era já um exemplo do melhor que se pode oferecer para uma consola caseira. Infelizmente mantém o problema que já os seus antecessores tinham, a falta de wireless. É realmente pena que  em 2018 o Wolverine Tournament Edition ainda precise de um cabo, no entanto acaba por ser um pequeno sacrifício para utilizar um comando que é perfeito em design, conforto, acessibilidade, resposta, customização e todas as outras vertentes possíveis.

Em termos de layout não há muito que separe o Wolverine do tradicional comando da Xbox que desde a Xbox 360 se tem tornado quase universalmente o sinónimo do melhor layout neste momento. Apesar de o layout do comando da PS4 ter os seus pontos fortes e eu gostar bastante do design da Sony, a maioria dos jogadores tem mostrado preferência pelo esquema assimétrico dos analógicos que a Microsoft introduziu. Acaba por ser no entanto na qualidade do toque que o Wolverine Tournament Edition se destaca. O tacto é bastante diferente e o sentimento de ser um produto realmente premium existe. Podem perguntar até que ponto o Wolverine pode ser superior ao comando standard da Xbox, especialmente porque o standard é um produto que custa perto dos 70€. Bem, em termos de comparação, o Wolverine Tournament Edition custa aproximadamente o dobro, mas cada euro a mais está mais do que justificado, com a excepção da falta de Wireless que já referi.

O feedback que temos dos botões aqui é também superior ao que temos com o comando standard. O clique é fantástico no dpad e nos botões frontais. A textura dos analógicos é também do melhor que se pode encontrar oferecendo tanto de conforto como de aderência. Mas se há algo que sobressai são os botões no topo. A Xbox mostrou como se faziam bons gatilhos mas a Razer consegue oferece algo que nos dá ainda mais vontade de apertar. Os gatilhos oferecem a resistência que devem oferecer e caso o jogador pretenda algo mais imediato pode bloquear os gatilhos com um deslizar de um botão de cada lado. Os restantes botões oferecem a mesma sensação de clique que os restantes que já referi não existindo um botão que pareça estar abandonado, mal posicionado ou mal pensado sem utilidade.

Além dos mesmos botões que podemos encontrar no comando standard da Xbox o Wolverine oferece ainda quatro botões extra que podem ser customizados seja na Xbox ou no PC. Não posso dizer que tenha utilizado estes botões de forma exaustiva porque simplesmente os jogos normalmente vêm optimizados para os botões que existem na grande maioria dos comandos. No entanto convém referir que apesar de ter um teclado gaming com uma série de botões para macros, a verdade é que raramente as utilizo. Quem não é fã do Razer Synapse para PC e pensa que se livra dele na Xbox One, bem, se pretendem tirar todo o partido do Wolverine podem tirar essa ideia da cabeça porque precisam na mesma de usar a App para alterar chroma e customizar botões. E sim, o Wolverine TE traz consigo uma linha rgb customizável que irá satisfazer os jogadores mais existentes neste aspecto.

No fundo acaba por ser realmente uma pena que o Wolverine TE não seja Wireless. A adicionar a este problema está o facto de o USB de ligação apesar de ser um micro banal, utiliza um encaixe proprietário que torna bastante difícil a substituição em caso de avaria do cabo. Esta é talvez a menor das minhas queixas, mas tudo isso seria resolvido se estivesse a falar de comando Wireless. O preço acaba por se sentir um pouco alto devido a isso mesmo. Todo o restante do Wolverine é excelente e os jogadores ficam com um excelente comando para Xbox One e Windows que garante a performance em todos os jogos.

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