Antevisão: The Last Spell

The Last Spell é um RPG tático com combate por turnos. O jogo é uma fantasia apocalíptica onde os jogadores tentam reconstruir pequenos povoados e defendê-los de hordas de criaturas. Encontra-se ainda em Acesso Antecipado, mas há uma coisa que podemos já ver, é que não foi criado para ser um jogo fácil. Com elementos roguelike à mistura, The Last Spell foi feito para ser repetido e morrer é normal.

Após décadas de guerra, os magos começaram a trabalhar com um poder que não conseguiram controlar e esse descuido trouxe o Cataclismo, uma reação de pura energia mágica que eliminou a maior parte da população humana, transformando-os em criaturas monstruosas. A última esperança da humanidade está nos poucos paraísos que ainda lutam e os magos de cada um trabalham juntos num novo feitiço, um encantamento que elimina toda a magia do mundo. É deste último feitiço que vem o nome do jogo, The Last Spell. Este feitiço demora algum tempo a lançar e os magos têm de deixar o seu refúgio aberto para o ataque das forças sobrenaturais, cabendo a um pequeno grupo de guerreiros dedicados fortalecer o refúgio e repelir a ameaça invasora por tempo suficiente.

Não é incomum que os jogos incluam histórias onde os jogadores têm de lutar contra forças enormes e onde vencer pode parecer impossível, mas The Last Spell coloca mesmo as chances de vitória do jogador bastante lá em baixo. Este é um jogo onde provavelmente vão morrer muito. A jogabilidade é feita ao longo de dias, que são divididos em três fases, Implantação, Batalha e Produção. Os jogadores pensam numa estratégia em torno dos movimentos das hordas iminentes e preparam-se para um ataque que vem na fase de batalha. Esta fase continua até que todos os inimigos sejam derrotados, todos os personagens do jogador sejam derrotados ou os inimigos invadam e eliminem os magos do refúgio. A fase de Produção é onde os jogadores recolhem o saque que lhes permite sobreviver à noite e gastam recursos em novos equipamentos ou melhorias de construção.

Cada instância do jogo é gerada de forma processual, o que significa que cada “ronda” tem elementos escolhidos aleatoriamente. Isto inclui tanto os itens disponíveis, como as personagens e até mesmo o layout do refúgio. Os heróis não têm classes, mas eles ganham papéis definidos com base nos seus equipamentos. Isso significa que tanto podemos ter um grupo de heróis que funciona de forma perfeita, como podemos ter o completo oposto.

The Last Spell é um bom jogo, mas aquilo que mais senti é que falta algo mais que torne o jogo mais único e o afaste da concorrência. Existe espaço para isso e espero que a versão final tenha uma melhor ideia de identidade.

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