Giant Machines 2017 é um jogo que tenta recriar a experiência de operar algumas das maiores máquinas do mundo. Se sempre quiseste conduzir camiões gigantes, escavadoras com rodas de balde ou até a plataforma que transportava o vaivém espacial, este título promete cumprir essa fantasia. A ideia é apelativa pela sua originalidade e pelo lado quase infantil de poder brincar com maquinaria colossal, mas o resultado final acaba por ser um misto de diversão passageira e frustração.
Jogabilidade
O jogo combina elementos de simulação com tarefas bastante simples e, por vezes, aborrecidas. Apesar de nos colocar ao volante de máquinas gigantes, grande parte das missões envolve objetivos como reparar cabos ou substituir baterias, atividades que quebram o ritmo e afastam o foco do que seria mais interessante: a destruição e a força bruta destas máquinas. A jogabilidade opta por um ritmo lento e pouco excitante, em que muitas vezes apenas se conduz de um ponto a outro a uma velocidade mínima, sem grandes momentos de ação. Embora seja possível controlar muitos aspetos dos veículos, a experiência nunca atinge a profundidade de uma verdadeira simulação nem a diversão exagerada de um jogo mais arcade.

Mundo e história
Não existe uma narrativa complexa em Giant Machines 2017, mas o jogo conta com um narrador sarcástico que apresenta as missões e comenta a incompetência do trabalhador anterior. Este tom humorístico ajuda a aliviar a monotonia de algumas tarefas, acrescentando um pouco de personalidade ao jogo. Fora isso, o mundo é apenas um palco para as máquinas, sem grande desenvolvimento ou história para contar. É mais um conjunto de cenários funcionais do que um universo coeso.
Grafismo
Apesar de ter 2017 no nome, o jogo parece visualmente datado, lembrando títulos de meados dos anos 2000. As máquinas têm algum detalhe quando vistas de longe, mas os cenários são básicos e pouco inspirados, com texturas simples e arquitetura rudimentar. O efeito geral é o de um jogo de baixo orçamento, sem grandes preocupações com realismo ou qualidade visual.

Som
Cada veículo tem acesso a várias estações de rádio, com músicas que vão desde sintetizadores ao estilo dos anos 80 até metal de inspiração europeia de leste. As faixas são pouco memoráveis, mas têm um certo charme de produção barata. O narrador é, sem dúvida, o ponto alto no departamento de som, oferecendo comentários sarcásticos que tornam a experiência um pouco mais divertida.
Conclusão
Giant Machines 2017 é um jogo peculiar, com uma ideia que poderia ter resultado em algo muito mais divertido. Conduzir máquinas colossais é, de facto, uma experiência interessante, mas o jogo falha ao tentar ser demasiado sério e ao incluir demasiadas tarefas repetitivas que pouco acrescentam. A câmara é pouco funcional e os gráficos estão longe de impressionar, mas há algum prazer em curto prazo para quem gosta de jogos estranhos e de orçamento reduzido. Se tivesse abraçado totalmente a ideia de ser um parque de diversões destrutivo, poderia ter sido muito mais cativante. Assim, acaba por ser uma curiosidade com algum valor para os fãs de maquinaria pesada, mas que dificilmente prenderá a atenção por muito tempo.