Análise: Superball

Superball tenta ocupar um espaço muito próprio dentro dos jogos de desporto futurista, juntando futebol arcada com heróis dotados de habilidades especiais. Numa altura em que títulos como Rocket League ou Mario Strikers continuam a ser referências, é difícil destacar-se. Ainda assim, Superball apresenta uma proposta clara: um desporto rápido, explosivo e com truques suficientes para evitar qualquer empate aborrecido. A questão é perceber se a jogabilidade frenética compensa algumas das decisões menos inspiradas do modelo free to play.

Jogabilidade
O ponto mais imediato de Superball é a forma como combina elementos tradicionais de futebol com poderes ao estilo heróis de shooter. A bola cola aos pés do jogador, permitindo correr, fintar e preparar remates carregados que dão uma boa sensação de impacto. Os encontros são curtos e bastante diretos, com a particularidade de existir uma linha no campo que permite golos duplos quando rematados de trás dela. Em equipas de três jogadores, cada participante assume aleatoriamente o papel de avançado, médio ou guarda-redes, tornando essencial descobrir personagens preferidos para cada função. Há um ritmo constante e uma sensação de controlo que tornam as partidas acessíveis, mesmo para quem não gosta de futebol tradicional.

Mundo e história
Superball não apresenta um mundo complexo nem grande envolvimento narrativo. A estética cyberpunk e a ideia de um desporto futurista servem mais de enquadramento do que de história propriamente dita. O objetivo é colocar os jogadores num campo cheio de tecnologia e poderes extravagantes, e nesse aspeto o jogo cumpre. A ausência de contexto mais elaborado não prejudica a experiência, mas também impede que o jogo se destaque como podia.

Grafismo
Visualmente, Superball é competente mas não marcante. A estética futurista funciona, com campos luminosos e efeitos especiais vistosos quando os poderes entram em ação. Alguns escudos, portais e remates especiais acrescentam dinamismo às partidas. No entanto, o design das personagens é pouco inspirado. Falta personalidade, carisma e aquele impacto visual que faria com que cada herói se destacasse. Assim, apesar da jogabilidade ser energética, o aspeto visual acaba por deixar pouco para recordar.

Som
A vertente sonora segue a mesma linha: funcional mas sem brilho. Os efeitos dos remates especiais e dos poderes transmitem alguma energia, mas a banda sonora e o ambiente geral não oferecem nada que se destaque verdadeiramente. É um som que cumpre a sua função, mas que dificilmente ficará na memória.

Conclusão
Superball é um jogo divertido, rápido e com ideias interessantes, capaz de proporcionar partidas caóticas cheias de jogadas improváveis. Contudo, a falta de personalidade das personagens, a simplicidade de muitos poderes e sobretudo os sistemas confusos de moedas e menus acabam por pesar sobre a experiência. É um título que vale a pena experimentar, até porque não custa nada, mas que ainda precisa de refinamento para se afirmar como uma nova referência no desporto futurista.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster