Há 10 anos estávamos a jogar…

2015 foi um daqueles anos em que a indústria parecia estar simultaneamente a amadurecer e a arriscar. A geração PS4 e Xbox One estava a consolidar-se, os estúdios já começavam a dominar o hardware, e as ideias deixavam de ser apenas promessas para se tornarem experiências completas e marcantes. Foi um ano com alguns dos melhores jogos da década, onde mundos abertos atingiram novos patamares, géneros inteiros deram saltos evolutivos e surpresas inesperadas capturaram milhões de jogadores. Mas, como sempre, nem tudo correu bem, e pelo caminho houve também desilusões que rapidamente ficaram associadas ao lado mais caótico da indústria. Olhar para 2015 é revisitar um período cheio de ambição, risco e mudanças profundas que ainda hoje influenciam os jogos modernos.

Os mais marcantes de 2015

The Witcher 3: Wild Hunt
Um dos maiores RPGs alguma vez feitos. Em 2015, Witcher 3 não foi apenas um sucesso — foi um marco. Mundo aberto vasto e vivo, escrita madura, personagens memoráveis e missões secundárias melhores do que a história principal de muitos jogos. Redefiniu expectativas para RPGs de mundo aberto e continua a ser uma referência incontornável.

Bloodborne
A FromSoftware já era respeitada, mas Bloodborne colocou o estúdio num patamar diferente. Rápido, agressivo, atmosférico e com uma direção artística gótica inconfundível. Foi talvez o exclusivo mais importante da PS4 no seu início e um dos jogos mais influentes dessa geração, inspirando dezenas de títulos que tentaram capturar o mesmo estilo.

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain
Polémico, inacabado, mas absolutamente brilhante em jogabilidade. A liberdade total para abordar missões, o polimento técnico excecional e a criatividade dos sistemas fizeram de Phantom Pain um dos jogos mais discutidos do ano. Mesmo com uma história incompleta, tornou-se um dos expoentes máximos do stealth sandbox.

Rocket League
A grande surpresa de 2015. Um conceito simples transformou-se num fenómeno global. A mistura perfeita entre futebol e carros criou um jogo acessível, competitivo, profundo e infinitamente divertido. Em pouco tempo, tornou-se num dos títulos mais influentes do cenário multiplayer moderno.

As maiores desilusões de 2015

Batman: Arkham Knight (versão PC)
O jogo em si era ótimo, mas a versão PC foi um dos lançamentos mais desastrosos da década. Quebras de framerate, crashes, falta de optimização e problemas tão graves que levaram à retirada temporária do jogo das lojas digitais. Foi um caso de estudo sobre como arruinar um lançamento tecnicamente.

Evolve
Um dos jogos mais antecipados do ano e, ao mesmo tempo, um dos que caiu mais rápido no esquecimento. A ideia tinha potencial enorme, mas decisões de design repetitivas, falta de conteúdo duradouro e uma estratégia de DLC extremamente agressiva afastaram os jogadores em poucas semanas.

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