Análise: ScourgeBringer

ScourgeBringer é mais um roguelite no mercado que merece a atenção dos fãs do género. É um jogo com um visual pixel art e um ambiente bastante orgânico que me fez lembrar Metroid, mesmo que tudo o resto seja bem mais semelhante a experiências roguelite modernas e muito menos algo que se assemelhe a um metroidvania. ScourgeBringer é um jogo de ficção científica, mas não daquela maravilhosa que nos faz sonhar mas daquela horrível que nos faz ter medo como Alien. A nossa personagem é uma verdadeira força da natureza de cabelos brancos e que navega numa série câmaras. As câmaras enchem-se de ondas de atacantes que temos de derrotar para chegar às várias saídas. As próprias câmaras conectam-se para formar reinos, cada um deles com mini-bosses e um mega-boss conhecido como Juiz. Morrer implica voltar ao início e a variedade de reinos que o jogo tem para oferecer é surpreendente.

Essencialmente a progressão em  ScourgeBringer  limita-se a escolher uma porta e não há boas escolhas. Seja que porta for sabemos que o que vem a seguir é complicado. Dentro de pequenos espaços, a ação se desenrola-se a uma velocidade enorme. Temos um ataque principal, o esmagamento, o ataque de colisão e todas as ações acrescentam algum movimento à nossa personagem. As possibilidades são muitas, podemos lançar inimigos ao ar e bater-lhes para os manter lá até morrerem como tornado popular em Devil May Cry por exemplo. O jogo recompensa a agressividade do jogador e é realmente bom ver um jogo a fazê-lo.

Isto soa divertido e é, mas é também intenso. Lidar com os inimigos num espaço tão confinado não é fácil, especialmente sem sofrer danos e acreditem, não vão querer sofrer danos. A saúde é um recurso aqui e temos que descobrir quanto podemos gastar enquanto exploramos as salas de ScourgeBringer em busca dos bosses do jogo que marcam o caminho para o próximo juiz. Podemos ter sorte e depois de gastar muita saúde numa loja encontrarmos um drop de vida, mas é raro acontecer e temos de ser bem mais conservadores com este recurso. Saber quando usar a nossa vida e até quando a recuperar é a peça mais importante na estratégia para avançar em ScourgeBringer. Quando conseguimos fazer isso com sucesso ScourgeBringer deixa de ser algo totalmente caótico. Mas além de ter cuidado temos também que conhecer os inimigos. Se ser conservador com a saúde nos leva longe no jogo, saber quando e como abordar cada inimigo do jogo irá fazer o resto para chegar ao final com sucesso.

Por se tratar de um Roguelite temos também uma árvore de upgrades. ScourgeBringer é um jogo desafiante mas assim que desbloqueamos novos movimentos, saúde extra e outras habilidades o jogo começa a tornar-se mais acessível. Esta árvore de atualização é uma árvore real e conforme compramos melhorias, encontra pequenos sinos amarrados nos seus galhos. Roguelite está recheado de pequenos pormenores que dão bastante personalidade ao jogo. Não há nada que este faça realmente mal, apesar de também não apresentar nada que eu possa dizer que seja super original. É um jogo compacto que é rico em pormenores e que irá agradar aos fãs do género.

 

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