Análise: Firegirl: Hack ‘n Splash

Firegirl: Hack ‘n Splash é um novo jogo indie muito promissor e com uma arte fantástica. O conceito é realmente original, focando-se numa bombeira e onde o objetivo é basicamente entrar num prédio em chamas para salvar uma variedade de civis presos, apagando as chamas causadas por monstros de fogo e derrubar obstáculos. Ao longo do tempo vamos ganhando notoriedade dentro da forma e por sua vez, vemos a nossa estação a ganhar melhor financiamento e nós temos acesso a melhorias que nos permitem aceder salvamentos mais desafiantes.

Apesar do conceito original, conseguimos encontrar paralelos entre Firegirl: Hack ‘n Splash e outros jogos do género roguelike. É essencialmente isso que Firegirl: Hack ‘n Splash é, para dizer a verdade. A jogabilidade está também muito bem pensada, com a mangueira a ser fundamentar tanto para derrotar as chamas como para ganhar impulso para saltos maiores por exemplo. Existem realmente muitas ideias interessantes aqui. No entanto o jogo acaba por não atingir os patamares que deveria por uma simples razão, a sua dificuldade.

Firegirl: Hack ‘n Splash está longe de ser um jogo fácil, muito pelo contrário. Enquanto que muitos jogos podem beneficiar de uma dificuldade alta, Firegirl: Hack ‘n Splash não é um deles, especialmente pela forma como esta dificuldade nos é apresentada. Basicamente não existe margem para erro e muito sinceramente os controlos de Firegirl: Hack ‘n Splash não são bons o suficiente para uma dificuldade destas. Além disso na vasta maioria das vezes não é uma dificuldade que consigamos ultrapassar com treino por exemplo. Aqui os jogadores vão falhar a maioria das missões até conseguirem adquirir algumas melhorias substanciais. Não há muito que possamos fazer a não ser sofrer até conseguirmos essas melhorias.

Cada missão tem de ser terminada em três minutos, com muito poucas vidas e graças aos elementos roguelike do jogo também vamos basicamente cegos à procura da saída. Não ter qualquer tipo de sucesso durante a missão também implica não ganhar dinheiro nenhum, o que nos impede de comprar as melhorias de que precisamos. Todo o ciclo do jogo deveria ser revisto. A dificuldade do jogo deve-se por um lado aos controlos e por outro à economia que nos deixa a sentir sempre mais fracos do que deveríamos ser.

Mas se há algo que simplesmente adorei em Firegirl: Hack ‘n Splash foram os visuais. Os visuais 2.5D do jogo são simplesmente fantásticos, misturando alguns estilos diferentes entre os vários ambientes e olhando apenas para as imagens do jogo não podemos não ficar impressionados com o aspeto de Firegirl: Hack ‘n Splash .

Por tudo isto é realmente pena que Firegirl: Hack ‘n Splash não seja melhor. Está tão perto de ser algo realmente fantástico. Desde o conceito aos visuais, tudo está aqui, mas depois temos controlos que não estão ao nível do resto, uma dificuldade desajustada e uma economia que não funciona por causa dessa mesma jogabilidade. É pena, mas neste estado é difícil recomendar este jogo.

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