Análise: Grow: Song of the Evertree

Criando o mundo mágico de Alaria, os criadores de Grow: Song of the Evertree tentaram criar um jogo onde o mundano e o dia a dia podem ser experiências gratificantes. Aqui, o jogador tem de cuidar da Evertree e da sua restauração. Um destino terrível ocorreu e uma força poderosa está a fazer com que videiras rochas e perigosas envolvam a árvore e o mundo à sua volta. Como o último alquimista, o jogador tem uma série de ferramentas ao seu dispor para salvar a árvore eterna e por consequência o mundo.

A nossa primeira tarefa é semear uma semente de mundo e dela cresce um pequeno mundo nos ramos da árvore eterna. Infelizmente o mal que danifica a árvore continua presente e é preciso ir limpando para restaurar a árvore. Temos de retirar ervas, plantar novas sementes e regar tudo, assim como partir pedras e outras coisas que parecem mais perto de um jogo de jardinagem do que um jogo de fantasia, mas a realidade é que Grow: Song of the Evertree está mais perto de jogos como Stardew Valley do que de outra coisa qualquer.

Um aspeto que é logo a seguir introduzido é o ciclo de dia e noite e somos introduzidos à comunidade que vive no chão e que também precisa da nossa atenção. À medida que vamos afastando o mal vamos tendo acesso a mais área à volta da árvore e com a ajuda das criaturas nativas vamos enchendo esta nova área com edifícios e habitantes. O objetivo é essencialmente localizar um item chave em cada área que temos de combinados irão libertar a árvore eterna. Além dos objetivos principais existem alguns secundários, existindo muitas recompensas para desbloquear, especialmente itens cosméticos para os edifícios e habitantes.

Um dos aspetos mais únicos de Grow: Song of the Evertree é o sistema de essências. Basicamente cada um dos itens do jogo pode ser transformado em várias essências, existindo 24 ao todo. O jogador pode depois combinar estas essências em várias quantidades para criados sementes, que depois de plantadas dão origens a mundos completamente diferentes e surpreendentes. Tudo o que fazemos no jogo parece focado em dar ao jogador uma experiência gratificante e pessoal. Não acredito que existam mundos completamente originais espalhados por aí, mas a ideia que o jogador tem ao jogar é que realmente criou algo. O jogo também faz um excelente trabalho em nos recompensar por tudo o que fazemos e o progresso que vemos é constante.

Praticamente tudo o que fazemos no jogo é recompensado com Myora, a moeda principal do jogo. No início do jogo temos pouca Myora e precisamos de ter atenção para não gastar demasiado e assim sacrificar o nosso crescimento no jogo, mas depois de expandir-mos para algumas comunidades, a quantidade de Myora diária que acumulamos supera em muito o custo de qualquer coisa e torna-se uma moeda redundante. Também certas essências se tornam muito abundantes, no entanto outras mantêm-se raras do início ao fim do jogo.

Além de tudo isto o jogo tem ainda algumas masmorras para explorar, mas onde não existe combate, apenas algumas zonas de plataformas e alguns puzzles. Não existe muito desafio aqui mas é uma quebra da jogabilidade normal e acrescentam alguma variedade ao jogo, tanto na jogabilidade como de ambiente. Grow: Song of the Evertree tem muito a oferecer e se gostam de jogos calmos como Stardew Valley irão encontrar muito para gostar aqui. No entanto se os vossos gostos resumem-se a jogos com foco em combate não há muito aqui para vocês.

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