The King is Watching é um jogo que mistura elementos de auto-battler e gestão estratégica, trazendo uma abordagem original ao género. Desenvolvido pela Hypnohead, o jogo coloca o jogador no papel de um rei que precisa defender o seu reino contra hordas de goblins sem, no entanto, participar diretamente nas batalhas. Em vez disso, o foco é a gestão económica e a supervisão constante dos trabalhadores do reino. A demo do jogo já está disponível e tem demonstrado um loop de jogabilidade altamente viciante, incentivando os jogadores a testarem novas estratégias e ajustarem a sua abordagem a cada tentativa.
Jogabilidade
A mecânica central de The King is Watching assenta na gestão do reino e na forma como os camponeses realizam o seu trabalho. O jogador não controla diretamente os exércitos, mas sim a produção de recursos e o desenvolvimento das infraestruturas. Um dos aspetos mais interessantes é que os camponeses só trabalham quando estão sob a vigilância do rei. Se a sua atenção estiver noutra parte do reino, os trabalhadores param de produzir, obrigando a uma gestão eficiente do tempo e da atenção. A expansão do reino depende da recolha de recursos como madeira, trigo e água, que podem ser utilizados para construir diferentes edifícios. Com apenas vinte terrenos disponíveis para construção, o jogador precisa de tomar decisões cuidadosas sobre quais estruturas erigir e como otimizar a produção. Os edifícios não são escolhidos livremente, mas sim a partir de planos que são atribuídos como recompensas ao defender o reino das ondas de goblins. Estas escolhas afetam significativamente a progressão e o sucesso a longo prazo, tornando cada sessão de jogo única.
Mundo e história
O conceito do jogo é simples, mas eficaz. O jogador assume o papel de um rei que deve proteger o seu domínio das ameaças externas enquanto gere os seus recursos internos. Apesar de a demo não aprofundar muito a história do mundo, fica claro que a narrativa gira em torno da responsabilidade e da estratégia necessária para governar um reino em tempos de crise. A temática do jogo combina bem com a jogabilidade, reforçando a ideia de que um rei deve estar sempre atento aos seus subordinados para garantir a prosperidade do reino. Com quatro árvores de habilidades diferentes, que permitem desbloqueios permanentes, a progressão do jogo promete mais complexidade do que a demo inicialmente sugere. Estas melhorias incluem novas unidades, feitiços e estruturas, garantindo que cada jogada tem uma variedade maior e que as decisões iniciais impactam significativamente a forma como a partida se desenrola.
Grafismo
Visualmente, The King is Watching adota um estilo simples, mas funcional. Os gráficos não são particularmente detalhados ou impressionantes, mas cumprem bem o seu papel ao representar as unidades e os edifícios de forma clara e facilmente identificável. A interface é intuitiva e bem organizada, permitindo que o jogador aceda rapidamente às informações necessárias sem sobrecarregar o ecrã com elementos desnecessários. As animações são simples, mas eficazes, transmitindo bem as ações do jogo. Os camponeses param de trabalhar de forma evidente quando o rei não os está a observar, reforçando a mecânica central da jogabilidade de uma forma visualmente clara. Os ataques das hordas de goblins são bem representados, criando uma sensação de urgência sempre que uma nova onda se aproxima.
Som
O design sonoro de The King is Watching acompanha bem a sua proposta, fornecendo um ambiente imersivo sem se tornar demasiado intrusivo. Os efeitos sonoros ajudam a dar vida ao jogo, com sons distintos para a produção de recursos, o combate e a construção de edifícios. O som dos camponeses a trabalhar desaparece assim que deixam de estar sob a vigilância do rei, funcionando como um indicador auditivo da mecânica central do jogo. A banda sonora é funcional, embora não seja particularmente memorável. As músicas de fundo ajudam a manter o ritmo do jogo sem se tornarem repetitivas ou cansativas. O jogo beneficia mais dos efeitos sonoros e da ambientação subtil do que de uma trilha sonora forte e marcante.
Conclusão
The King is Watching apresenta uma proposta interessante e diferenciada dentro do género de auto-battlers e gestão estratégica. A mecânica de vigilância constante dos camponeses adiciona uma camada de complexidade e desafio que obriga o jogador a tomar decisões cuidadosas sobre onde e quando prestar atenção. A limitação de espaço para construção e a aleatoriedade na escolha dos planos de construção garantem que não existe uma única estratégia dominante, incentivando a experimentação e a adaptação a cada nova tentativa. Embora a demo tenha revelado algumas preocupações iniciais sobre a diversidade de estratégias viáveis, a presença de quatro árvores de habilidades sugere que o jogo completo terá um alto fator de rejogabilidade. A sua mistura de gestão económica, tomada de decisões estratégicas e combate indireto oferece uma experiência cativante para quem gosta de jogos de estratégia com uma abordagem original.
Se esta proposta te interessa, vale a pena acompanhar o desenvolvimento de The King is Watching e experimentar a demo para ver se a jogabilidade te prende tanto quanto prendeu outros jogadores. Adicionar o jogo à lista de desejos no Steam também é uma boa forma de apoiar os desenvolvedores e garantir uma notificação quando o jogo for lançado.
