Nobody Nowhere é um jogo independente que aposta fortemente na narrativa para oferecer uma experiência marcante. Com uma direção artística em pixel art e um ambiente cyberpunk, o jogo coloca os jogadores na pele do replicante Julian Francis, que tenta escapar de uma situação de vida ou morte enquanto descobre segredos sobre o projeto replicante. Embora tenha uma jogabilidade limitada, a história envolvente e os visuais bem trabalhados fazem de Nobody Nowhere uma experiência que merece atenção.
Jogabilidade
Nobody Nowhere é um jogo com uma jogabilidade bastante reduzida, aproximando-se de uma visual novel. A maioria do tempo é passada a caminhar por cenários e a interagir com personagens através de diálogos. Há alguns minijogos introduzidos ao longo da campanha, mas surgem em pouca quantidade e podem até quebrar um pouco a imersão para alguns jogadores. No entanto, esses segmentos servem para representar interações no mundo virtual, ajudando a aprofundar a experiência. Para quem aprecia histórias interativas, o jogo pode ser bastante recompensador, mas quem procura desafios mais profundos pode sentir falta de mecânicas mais elaboradas.

Mundo e história
O jogo decorre em 2079 e apresenta a sua narrativa a partir do ponto de vista de dois protagonistas: Julian Francis, um replicante que descobre que será submetido a uma cirurgia com o operador Gaia Bryan, e o próprio Gaia, conhecido por nenhum replicante sobreviver aos seus procedimentos. Julian recebe ajuda de uma organização secreta e tenta escapar, desencadeando uma série de eventos que levam ambos os protagonistas a uma jornada repleta de revelações e surpresas. A história é o maior trunfo do jogo, conseguindo prender o jogador do início ao fim com uma narrativa bem estruturada e personagens carismáticos. O mundo cyberpunk onde decorre a aventura é rico em detalhes e repleto de intrigas, proporcionando um excelente pano de fundo para o desenrolar dos acontecimentos.
Grafismo
Nobody Nowhere aposta numa direção artística em pixel art muito bem executada. Os cenários são detalhados e apresentam uma identidade visual própria, reforçando o ambiente cyberpunk do jogo. Os personagens têm designs distintos e bem definidos, ajudando a diferenciar cada um e a dar mais vida à história. A atenção ao detalhe é notória, tornando cada cena visualmente apelativa. Além disso, o jogo conta com uma sequência de abertura animada muito bem produzida, que ajuda a estabelecer o tom da aventura e a aumentar a imersão.

Som
A componente sonora de Nobody Nowhere é outro dos seus pontos fortes. A banda sonora acompanha bem o tom do jogo, variando entre músicas atmosféricas e temas mais intensos consoante a necessidade da narrativa. Os efeitos sonoros também estão bem implementados, ajudando a reforçar a ambientação cyberpunk. A trilha sonora desempenha um papel fundamental na criação de momentos memoráveis, contribuindo para a imersão do jogador e intensificando a emoção nas cenas mais importantes.
Conclusão
Nobody Nowhere é uma experiência marcante para quem aprecia jogos narrativos. Apesar da jogabilidade simples e da curta duração, a história bem construída e os personagens cativantes fazem com que valha a pena investir tempo nesta aventura. Os visuais em pixel art impressionam pela qualidade e atenção ao detalhe, enquanto a banda sonora contribui significativamente para a imersão. Para quem procura um jogo com forte ênfase na narrativa, Nobody Nowhere é uma excelente escolha, proporcionando uma experiência envolvente e memorável.