Análise Rising Storm

Apesar de já existirem alguns jogos sobre a guerra no Pacifico durante a segunda guerra mundial, a grande maioria continua a explorar a guerra europeia contra o Nazis. A verdade é que é um tema mais interessante, mas há ainda muito para explorar no palco do Pacifico. Rising Storm não é propriamente um jogo anónimo, é parte de Red Orchestra 2, um dos jogos responsáveis por perpetuar a ideia de que a guerra foi apenas na europa, mas com Rising Storm a Tripwire veio trazer um pouco do ambiente esquecido da segunda grande guerra.

Tal como Red Orchestra 2, houve uma grande atenção ao detalhe em Rising Storm, tanto na jogabilidade em si que é bastante realista como toda a história e ambientes. O jogo é bem mais complicado que simplesmente apontar e disparar. É preciso calcular por exemplo a distancia e o peso das nossas balas. Não é tão simples como um qualquer CoD e um mau calculo acaba com um tiro falhado e o inimigo a tratar de nos ensinar como fazer.

Se pensarmos no que aconteceu durante a guerra, em termos de tecnologia, os japoneses não tinham realmente força suficiente para lutarem contra os americanos, no entanto arranjaram outras técnicas para se aguentarem durante a guerra, sendo necessárias umas bombas nucleares para acabar a guerra. O jogo consegue replicar essas técnicas e assim equilibrar as duas facções. Enquanto que os americanos se jogam basicamente como um qualquer FPS, os japoneses podem usar algumas técnicas como enterrar granadas no chão ou criar armadilhas. Esta diferenciação traz realmente algo de novo e torna Rising Storm muito mais que um normal shooter.

Para aqueles de que jogaram Red Orchestra 2 e gostaram do intenso combate urbano e dos edifícios em que se podem esconder, Rising Storm não é exactamente um jogo do mesmo género. Rising Storm apresenta mapas mais abertos, menos edifícios, e mais zonas florestais. Em vez de espreitar em cada janela de um edifício alto, irão ter que se preocupar com o que está por detrás das ervas.

620374_346977802050837_1259615357_o

A Tripwire optou por não manter o controle de quantas vezes se morrer em Rising Storm, presumivelmente, talvez para evitar flamers ou talvez que estes se preocupem mais com o resultado da equipa e menos com o rácio de kill/deaths. Acampar num arbusto pode obter alguns kills de longo alcance extremamente gratificantes, mas não vai ajudar a sua equipa muito. É preciso realmente ter um pape activo no jogo e não ficar atrás da linha de combate a coleccionar alguns kills. É muito importante para ambas as equipas ter líderes de esquadrões activos e líderes da equipa. Ter líderes que comunicam por voz é de grande importancia, pois eles podem alertar os jogadores para ficarem fora das áreas que estão prestes a ser bombardeadas.

É sem duvida um jogo fácil de aprender, mas difícil de dominar. Mesmo sendo que sejam um verdadeiro veterano de shooters, irão morrer bastante. Se gostam de um desafio e não jogam CoD apenas por ser fácil matar alguns novatos, irão gostar de jogar um jogo em que não estão realmente no topo da “cadeia alimentar”. Se o seu inimigo se esconde melhor do que vocês, podem ter a certeza que irão morrer, se o seu inimigo é melhor a calcular distâncias irão morrer ainda mais e se o inimigo for melhor a procurar e utilizar coberturas, então o resultado irá ser o mesmo. É um jogo em que o melhor jogador ganha e a melhor equipa ganha, tão simples quanto isso.

8.5/10

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster