Análise: Dead in Vinland

Dead in Vinland é um jogo de sobrevivência com elementos de gestão, RPG e jogos de aventura em que o jogador tem de sobreviver numa ilha deserta. Existe uma comunidade de seis pessoas para administrar, o que pode ser uma tarefa extremamente difícil e árdua, especialmente desde que Dead in Vinland vai além do típico jogo de sobrevivência.

Entre manter a família viva e recolher materiais suficientes para o dia do tributo, há muita gestão a ter em conta. As personagens são anexadas com várias estatísticas que vão da fome à exaustão, todos os quais requerem atenção cuidadosa. Aqueles que ficam muito deprimidos vão se enforcar, aqueles que ficaram com fome morrerão de fome – é essa dura realidade que coloca Dead in Vinland à parte dos outros títulos semelhantes no mercado.

O jogo assenta também num sistema de morte permanente quando algum dos quatro membros morrer e isto serve como uma boa força motivadora para realizar o ato de malabarismo de atribuir tarefas a cada um dos sobreviventes. A jogabilidade está separada em três fases correspondentes à manhã, tarde e noite e alguns atos só podem ser feito nas duas primeiras rondas. Cortar lenha, coletar água e explorar a ilha são as responsabilidades principais, mas mais podem ser feitas depois de construir a oficina.

Esta mecânica funciona com um sistema de recompensa e castigo uma vez que sempre que alguém está nessas estações produz recompensas importantes mas cada ação terá um impacto negativo em pelo menos uma das principais estatísticas, fome, fadiga, lesão, depressão e doença, o que necessita de uma boa gestão para que nenhuma personagem morra de nenhuma destas estatísticas. Se a tarefa se tornar muito pesada, há sempre a opção de recrutar membros para o grupo atual, que podem ser encontrada através da exploração. O limite padrão é limitado a seis membros, mas com isso vem o desafio extra de ter mais uma boca para alimentar.

O período de calma ocorre quando as interações de personagens acontecem, dando aos jogadores uma melhor compreensão da sua personalidade e relacionamentos uns com os outros. O jogo oferece também ocasionalmente diferentes opções de diálogo que podem em caso de sucesso melhorar as relações entre personagens. Graficamente o jogo lembra-nos o de The Banner Saga, com cores vibrantes e um bom design. O tom alegre e brilhante pode parecer fora de lugar com a premissa sombria do jogo, mas na verdade complementa muito bem o ambiente e cria um equilíbrio interessante.

Além disto tudo existe ainda um sistema de combate com semelhanças de JRPG, mas esta consegue ser uma das maiores fraquezas de Dead in Vinland. A grande quantidade de sorte que vem com a mecânica de três contra três faz com que a luta seja mais frustrante do que agradável e dado que os seus sistemas já são complexos acho que o jogo ganharia em ter deixado esta parte de fora. Não seria um grande problema se o combate acontecesse ocasionalmente. No entanto, ele foi projetado para fazer parte do jogo e, embora haja a possibilidade de diminuir as chances de encontro ele continua a existir em demasia. Devido à natureza da mecânica baseada em turnos, o combate é arduamente lento, e não particularmente imersivo, sendo a opção de combate automático bem menos penosa.

 

Dead in Vinland nã0 é um mau jogo, mas a premissa acaba por ser a sua melhor qualidade além dos visuais. A jogabilidade e escrita são bem mais fracos do que tudo o que foi lançado antes do lançamento me levou a acreditar e o resultado final é no geral medíocre.

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